Ganhar o mundo inteiro sem perder nada

Talvez um sintoma do gradual enriquecimento da população média mundial (embora eu tendo a ver muito mais como uma questão de natureza humana), temos tantas opções e recebemos tantas informações que não aprendemos a escolher, rejeitar, perder, queremos apenas ter.

E isso se reflete na espiritualidade humana (como tudo o que fazemos). Muitos se gabam como fiéis a Deus, declaram seu amor por Deus e cultivar a sua "espiritualidade" mas não querem e nem estão prontos para negar a si mesmos.

Querem ter a Deus como querem todo o resto, sem deixar nada para trás, ou melhor, querem consumir Deus, sem perder as outras oportunidades. Afinal, Deus se transformou em mais uma experiência de bem estar, de conforto e estabilidade (não que essas coisas sejam ruins por si mesmas, longe de mim afirmar tal coisa).

E em meio a coleções de experiência prazerosas, queremos todas que pudermos pegar e mais um pouco, mas o evangelho da cruz nos aponta um caminho um tanto diferente, e que nunca foi e nunca será popular. O caminho da renuncia, do arrependimento, do abandono, do não olhar para trás, o caminho do negar as maiores paixões, talvez até os maiores sonhos e desejos, por amor a Deus que agora, não é apenas mais uma opção, mas a única opção.

Ser fiel a Deus, andar com Deus, é carregar uma cruz, cruz esta que é pesada, dura, instrumento de morte e de desprezo. O evangelho nada popular, é o caminho estreito, aquele que depois dos milagres, ao se ouvir o discurso de Jesus, muitos deixaram de seguir.

Esse caminho, é o caminho que eu quero seguir, porque é o único caminho que me importa. Como disse o santo homem de Deus do passado:

"Sim, todas as outras coisas são insignificantes comparadas ao ganho inestimável de conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele, deixei de lado todas as coisas e as considero menos que lixo, a fim de poder ganhar a Cristo" Filipenses 3.8