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SATANÁS O DEUS DESSE MUNDO?

  • Clériston Andrade
  • 8 de dez. de 2015
  • 3 min de leitura

O movimento de batalha espiritual ensina que a Terra é de Satanás.

De acordo com os ensinos do movimento de Batalha Espiritual, a administração e governo terrenos pertencem a Satanás. Isso se deveu ao pecado de Adão. Ao primeiro homem foi dada administração e governo sobre a criação; no entanto, ele, quando pecou, teria entregado a autoridade ao diabo. Decorrente disto, o diabo tem controle sobre os governos, e Deus não interfere nisso, por questões éticas e legais. Daí o ensino da legalidade e ilegalidade.

De acordo com isso, Satanás teria todo o direito legal de administrar o sistema terreno, e Deus romperia com a ética se interferisse nesse direito. Foi por isso que Jesus veio, para devolver o direito ao homem de governar. A partir de Jesus, portanto, temos a autoridade de governar sobre a criação. Para apoiar essa idéia, citam-se textos como:

“Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”

(Mateus 4.8-9)

“nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”.

(2 Corintios 4.4 )

O que a Bíblia diz sobre a terra ser de Satanás?

Quando nos voltamos para a Bíblia e nos deparamos com Deus julgando a humanidade através do dilúvio Gn 6:11-26, com textos como:

"Do Senhor é a terra e sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam...”

(Salmos 24.1)

Como poderíamos abraçar a idéia de que Satanás é governante da terra e concorrente em pé de igualdade de Deus?

Quando nos deparamos com o que o Senhor diz:

“... meu é todo o animal da selva e as alimárias sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; e minhas são todas as feras do campo... pois meu é o mundo e a sua plenitude”

(Salmos 50.10-12)

“... é Ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis”

(Daniel 2.21)

Que fazemos com estes textos? Somente nos redermos a eles e reconhecermos que Deus nunca deixou e nunca vai deixar de ser soberano sobre todas as coisas.

No Livro do profeta Isaías ficamos vislumbrados em saber que Deus usou o rei da Assíria para julgar a Israel e depois também julga à Assíria (Is 10:5-12). Em I Sm 2: 6 e 7, encontramos Ana orando da seguinte forma: “O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir. O Senhor empobrece e enriquece; abaixa e também exalta”. O salmista, inspirado, declara:

“Nos céus estabeleceu o Senhor o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo”.

(Salmos 103.19)

Deus é soberano e governa sobre todas as coisas, inclusive sobre o diabo. Porventura diante destes textos encontramos alguma coisa que sobrou para Satanás governar? Tenho certeza que não.

No entanto o que fazer com textos bíblicos que dizem que satanás é o deus deste mundo? A fim de responder esta pergunta, precisamos nos perguntar que “mundo” que é este. Russell Shedd nos dá um esclarecimento sobre isto:

“... trata do sistema de valores alienado de Deus, que orienta o pensamento dos homens em oposição a Ele. Assim, o kosmos jaz no maligno (o diabo, 1 Jo 5:19; cf. Jo 12:31; 14:30). As trevas dominam este mundo (Jo1:5; 12:46) e o pecado macula sua existência como um todo.”

Por isso não nos estranha Jesus e Paulo atribuírem este título a Satanás. Ele é o deus de um mundo pecaminoso e que se nega a submeter ao único Deus e também reina sobre as heresias e mentiras que querem afastar o povo de Deus da Verdade.

E é exatamente disso que se refere os textos de Mt 4:8, 2 Co 4:4 e outros. No entanto, é necessário notarmos que inclusive sobre o mundo pecaminoso Deus é soberano. No sentido de delimitar a ação maligna. Vemos isso na crucificação, onde era um ato soberano de Deus para cumprir os seus propósitos, mas também um ato pecaminoso do homem incitado pelo diabo:

“sendo este Jesus entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos”

(At 2:23).

Erickson comenta sobre o assunto da seguinte forma: “Há várias maneiras pelas quais Deus pode relacionar-se e de fato se relaciona com o pecado ele pode:

(1) preveni-lo;

(2) permiti-lo;

(3) dirigi-lo;

(4) limitá-lo.

Note que em cada caso, Deus não é a causa do pecado humano, mas age em relação a ele”.

 
 
 

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