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O FILHO PERDIDO

  • Foto do escritor: Kaioh Vinicius
    Kaioh Vinicius
  • 1 de mai. de 2015
  • 3 min de leitura

O Filho Perdido.jpg

Um homem já no inicio de sua velhice tinha dois filhos. Um belo dum dia ensolarado, carros passavam na rua, passarinhos cantando, o filho mais jovem no calor de sua juventude e, talvez por impulsos característicos de sua idade, disse ao seu pai:

- Seguinte meu velho, quero que tu me de a minha parte da herança e quero já!

O pai vendo que o filho estava falando sério, repartiu a herança entre os filhos. Depois de um tempo, o filho mais novo juntou tudo o que tinha, celular, notebook, roupas, posters das bandas de metal dos anos 90, sua guitarra, seu sonzinho stereo e partiu para um país distante.

Chegando lá viveu a vida que todo jovem sem causa sonha em viver, bebendo, jogando,

transando com várias mulheres, bebendo mais um pouco, se drogando e mais uma porrada de pecados.

Acontece que naquele país teve uma fome gigantesca e nosso caro protagonista já havia gasto todo o seu dinheiro em suas peripécias, o que não deu outra, virou pobre e quem sabe até mendigo porque não tinha dinheiro nem pra manter um teto.

Ele saiu caçando emprego e um hotel mixuruca o contratou para ser faxineiro de banheiro. Ele passava tanta fome que as vezes aquela bostinha não parecia tão fedida, chegava a parecer um chocolatezinho em sua imensa fome, mas claro que ninguém deixava ele comer e nem davam nada pro moço.

Foi ai que o infeliz caiu em si e pensou: "Os empregados do meu pai sempre tem comida, e eu to aqui querendo comer bostinhas". Ai ele disse pra si mesmo:

- Vou voltar pro meu pai porque pequei contra ele e contra Deus. Pedirei para ele me contratar como um empregado porque não mereço mais nem ser chamado de filho.

Logo em seguida ele pediu as contas e voltou para o país de seu pai. Quando ainda estava a uns 700 metros de sua casa, o seu pai o viu chegando. Quando viu o filho todo sujo de merda, coco e bosta, teve muita pena e saiu correndo no que pra ele parecia a corrida de sua vida, para abraçar e beijar seu filho amado.

Então o filho já foi dizendo todo envergonhado o discurso que tinha preparado:

- Pai, pequei contra o senhor e pequei contra Deus, não mereço ser chamado de seu filho.

O pai sem pensar duas vezes mandou seus empregados trazerem as melhores roupas, colar, anel e tênis da melhor marca e depois de um banho, vestir seu filho com o melhor. Mandou prepararem aquele peru assado, salada, refrigerante, suco e muito mas muito bacon, pois ele queria dar uma festa para o filho que voltou.

Depois de começada a festa, o filho mais velho, quando voltou de mais um dia suado de trampo, notou o som auto e o barulho de dança ao som de Michael Jackson. Achando tudo muito estranho, afinal o pai não costuma ouvir MJ, ele chamou um empregado e perguntou o porque da música. O empregado respondeu:

- Seu irmão voltou vivo e com saúde, meio zoado, mas bem, e por isso seu pai está dando uma festa.

O filho mais velho ficou com raiva se mordendo de ciúmes e inveja e se recusou a entrar para a festa. O pai sentindo a falta do filho, foi até a entrada de sua casa chamá-lo. O filho por estar chateado, respondeu ao pai:

- Faz anos que trabalho como escravo para o senhor e nunca te desobedeci. Mesmo assim o senhor nunca me deu nem ao menos um kinder ovo pra fazer uma festa com meu amigos. Mas pra esse teu filho que desperdiçou todo o dinheiro com prostitutas o senhor manda fazer um banquete e até com karaokê!

O pai vendo a inveja estampada na cara do seu filho respondeu da forma mais carinhosa que pode:

-Deixa de ser tonto seu burro! Tu ta sempre comigo e tudo o que é meu é teu! Mas essa festa é necessária para mostrar nossa alegria ao teu irmão, pois ele estava morto e agora já voltou a vida; ele estava perdido e foi achado.

 
 
 

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